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Este microbook é uma resenha crítica da obra: Thinking in systems
Disponível para: Leitura online, leitura nos nossos aplicativos móveis para iPhone/Android e envio em PDF/EPUB/MOBI para o Amazon Kindle.
ISBN: 978-1-60358-055-7
Editora: Chelsea green
Os sistemas são conjuntos de coisas interconectadas de uma forma que produzem um padrão de comportamento ao longo do tempo. Essas “coisas” podem ser células, moléculas, pessoas ou qualquer outro elemento. Um sistema é capaz de gerar o seu próprio comportamento, ainda que também seja influenciado por forças externas.
Pensar em sistemas nos ajuda a entender as crises econômicas, as dinâmicas de mercado, as mudanças nos preços do petróleo, o funcionamento das epidemias e o mecanismo de vício em drogas. Ninguém cria esses problemas de modo deliberado. Não há culpados. São questões sistêmicas que exigem uma análise profunda.
Precisamos parar de atribuir culpa e começar a ver o sistema como a fonte de seus próprios males. Assim, desenvolvemos sabedoria para reestruturá-lo. Isso depende de disposição para enxergar e pensar sobre as coisas de forma diferente. Podemos vencer a fome, a pobreza, a degradação ambiental e o vício em drogas se abordarmos esses problemas da forma correta.
O sistema não é só a soma das partes, ele é um conjunto interconectado de elementos organizados de forma a obter algo. Há três componentes em um sistema:
Isso fica claro quando observamos alguns exemplos de sistemas. É o caso do sistema digestivo. Nele, os componentes são:
Um time de futebol é um sistema que inclui:
Escolas, cidades, fábricas, corporações e economias de países são sistemas. Alguns sistemas são embutidos em outros, como uma cidade é embutida em um país.
Como entendemos o “um”, achamos que podemos entender o “dois”, porque “um mais um são dois”. Só que esquecemos que também temos que entender o “mais” — a interconexão que faz com que a soma de dois elementos matemáticos resultem em um terceiro.
Os elementos dos sistemas são fáceis de notar. É fácil ver árvores. O problema é quando confundimos a floresta com as árvores. Para pensar de forma sistêmica, você precisa ir além dos elementos e observar as interconexões.
Uma universidade pode ter vários elementos: prédios, alunos, professores, gestores, bibliotecas, livros, computadores e por aí vai. No entanto, você só vai pensar de forma sistêmica se entender as interconexões entre esses componentes. É o caso do processo de admissão, os requisitos para os diplomas, as provas, as notas, o orçamento, o fluxo de dinheiro, as fofocas e a transmissão de conhecimento.
Algumas interconexões são fluxos físicos tangíveis, como a água no tronco das árvores de uma floresta. Outras, são fluxos de informação, o que é mais difícil de enxergar. Estudantes usam informações sobre a probabilidade de obter uma boa nota para saber quais disciplinas cursar, o que interfere no sistema de uma universidade.
Se as relações com base nas informações são difíceis de perceber, a função se torna ainda mais difícil. Isso porque o propósito de um sistema nem sempre é verbalizado. A melhor forma de descobrir é observar o funcionamento do sistema por algum tempo.
Imagine que um sapo vira para a esquerda para pegar uma mosca. Depois, ele vira à direita para pegar outra mosca. Seu propósito não é virar à esquerda ou à direita, mas capturar moscas. Se um governo proclama interesse no meio ambiente, mas dedica pouco dinheiro para isso, a proteção ambiental não é sua função. Os propósitos são demonstrados pelo comportamento, não pela retórica.
O objetivo de uma planta é produzir sementes e gerar mais plantas. O da economia de um país é continuar crescendo. Uma função importante da maior parte dos sistemas é garantir a própria perpetuação. Seu propósito não é necessariamente humano ou formulado por um único agente dentro do sistema.
Uma das frustrações comuns nos sistemas acontece quando o propósito das subunidades leva ao comportamento geral que ninguém deseja. A maior parte das pessoas não quer viver em uma sociedade na qual o uso de drogas e a criminalidade saiam do controle. No entanto, as diferentes ações das pessoas podem levar a esse resultado:
Sistemas podem se aninhar em outros sistemas. Propósitos podem existir dentro de outros propósitos. O objetivo de uma universidade é gerar conhecimento e transmiti-lo às gerações futuras. Dentro dela, um estudante tem outro propósito: tirar boas notas. Já o professor, quer estabilidade, e o administrador, equilibrar o orçamento.
Cada um deles pode entrar em conflito com o objetivo de transmitir conhecimento. O aluno pode colar nas provas, o professor pode ignorar a contribuição dos estudantes para publicar trabalhos e o administrador pode equilibrar o orçamento demitindo professores. Harmonizar propósitos particulares e gerais é a função primordial de sistemas bem-sucedidos.
A parte menos óbvia de um sistema é a sua função. No entanto, é a que mais influencia seu comportamento geral. Podemos mudar todos os elementos de um sistema (como os jogadores de um time de futebol) e sua estrutura permanecer intacta, desde que as interconexões e os propósitos não mudem.
Já passamos da metade do microbook e a autora conta que precisamos abrir nossas cabeças quando tocamos no assunto “vício”. Todo mundo conhece as propriedades viciantes do álcool, da nicotina, da cafeína, do açúcar e da heroína, mas podemos nos viciar de formas menos óbvias.
É o caso das indústrias que dependem de subsídios governamentais, dos agricultores que dependem do fornecimento de fertilizantes ou do vício em petróleo barato por parte das economias ocidentais. O problema é que essas soluções são só uma terceirização dos problemas. Nada foi feito em relação às causas.
Vício é encontrar uma solução rápida e suja para o sintoma, o que distrai as pessoas da tarefa mais difícil, que é resolver o problema real. As políticas viciantes são ruins porque distraem você e atrapalham o processo de buscar soluções efetivas. Então, mais cedo ou mais tarde, o problema reaparecerá.
Os sistemas são pouco previsíveis, difíceis de controlar e de entender. Não podemos conhecer por completo o mundo. A ciência nos enganou com sua ambição por compreensão. Vivemos em um cenário de incerteza. Não dá para acompanhar tudo. O pensamento sistêmico nos leva a um cenário de ambiguidade desconfortável.
No entanto, isso também mostra que há muito a ser feito. Os sistemas não podem ser controlados, mas podem ser projetados e redesenhados. Não podemos impor nossa vontade a eles. Podemos ouvir o que eles nos dizem e descobrir como suas características e nossos valores podem agir juntos, de modo a produzir algo muito melhor.
Podemos dançar com eles. É como quando seguimos a força das águas turbulentas no mar em vez de lutar contra elas. Não podemos vencer o mar, mas podemos aproveitar seu curso para nadar mais rápido. O mesmo acontece com os governos, as sociedades e as pessoas.
Podemos tornar os sistemas visíveis, escrevendo sobre como os compreendemos. Dá para usar listas, palavras, imagens e setas, descobrindo as interconexões e as funções. Quanto mais fizermos isso, mais claro o pensamento se tornará e maior será nosso nível de flexibilidade mental.
Uma mente flexível é útil para assimilar as mudanças nos sistemas com os quais interagimos. Lembre-se de que tudo o que todas as pessoas sabem são só modelos. Desafie suas suposições.
Em vez de defender uma visão rígida sobre como as coisas funcionam, colete o máximo possível de informações até encontrar evidências que o leve a descartar ou a aceitar alguma hipótese. Assim, estará mais preparado para pensar de forma científica e ter uma compreensão mais clara das coisas.
Se algo vulgar, inadequado, desproporcional, degradante, insustentável, ecologicamente empobrecedor ou humanamente humilhante for feito, não deixe passar. Algumas pessoas caem na armadilha de achar que se algo é difícil de definir ou medir significa que não devemos prestar atenção. É isso que faz com que sistemas empresariais ignorem o preconceito e, por isso, sejam tão defeituosos.
“Tolerância”, “autoestima”, “qualidade de vida”, “justiça”, “democracia”, “liberdade”, “segurança”, “verdade” ou “amor” são marcadores importantes nos sistemas, ainda que não possam ser definidos de maneira exata.
Temos dificuldade de avaliá-los quantitativamente. Não dá para definir ou medir esses valores, mas nós não somos só avaliadores quantitativos. O olhar qualitativo importa e, como seres humanos, temos sensibilidade e sabemos reconhecer quando estamos em um ambiente hostil e/ou excludente.
No entanto, se ninguém falar sobre os valores essenciais para um ambiente saudável e se os sistemas forem projetados para não identificá-los, provavelmente eles não se evidenciarão.
O universo é confuso. É não linear, turbulento e dinâmico. Ele se organiza sozinho e evolui. Cria diversidade e uniformidade. É isso que torna o mundo interessante e bonito. É o que o faz funcionar.
Há algo na nossa mente que se atrai por linhas retas e não curvas, por uniformidade e não diversidade. Gostamos de certezas, não de mistérios. No entanto, há também algo em nós que vai no sentido contrário dessa tendência. Só a parte mais recente do nosso cérebro é lógica, matemática e previsível, outra parte reconhece que a natureza é misteriosa e complexa. É ela que aprecia romances, catedrais góticas e tapetes persas.
Esse outro lado de nós celebra a complexidade. Alguns, com uma inclinação artística maior, encorajam a desordem, a variedade e a diversidade. É essa dualidade que nos torna humanos: a razão que busca padrões e a intuição que dança com o caos. São as forças opostas da lógica e do mistério entre o previsível e o imprevisível.
Separamos os sistemas apenas de forma simbólica porque, na prática, não há sistemas separados. O mundo é um continuum. Traçar limites é algo que depende do propósito da discussão. Sistemas são complexos, vão além da soma de todas as partes e muitas de suas interconexões são informações intangíveis.
Em um mundo de sistemas, procure:
“Thinking in systems” trouxe uma abordagem sobre os problemas do mundo respeitando seu nível de complexidade, rejeitando simplificações e incentivando a humildade intelectual.
Alguns problemas, além de sistêmicos, são fruto de epidemias sociais, comportamentos que se espalham pela sociedade como um vírus. É o que Malcolm Gladwell mostra em “Revenge of the tipping point”. Veja no 12min!
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